PROJETO
Em Portugal, o setor das rochas ornamentais apresenta um elevado potencial e é um dos setores de atividade com maior valor acrescentado, sendo essencialmente um produto de exportação, colocando o país em posições relevantes no mercado internacional. Tanto o granito como o mármore, constituem matérias-primas essenciais para diversas atividades económicas e para um número elevado de indústrias transformadoras.
Uma vez que o presente projeto incide sobre o setor da extração de granito ornamental e rochas similares (CAE 08112), e da transformação, ao nível da fabricação de artigos de mármore e de rochas similares (CAE 23701) e fabricação de artigos de granito e de rochas (CAE 23703) da sub-região do Tâmega e Sousa, constata-se que as empresas que constituem este setor apresentam um inegável contributo para o crescimento social e económico da região Norte de Portugal, e mais especificamente da sub-região do Tâmega e Sousa, pois entre 2015 e 2018, segundo dados estatísticos do INE – Instituto Nacional de Estatística, o referido setor da sub-região do Tâmega e Sousa registou um aumento do volume de negócios em cerca de 33%, uma vez que em 2015 verificou-se um volume de negócios de cerca de 75M€ e em 2018 cerca de 100M€.
A sub-região do Tâmega e Sousa é uma das mais representativas da região Norte no que diz respeito ao setor da extração de granito ornamental e rochas similares, e da transformação, ao nível da fabricação de artigos de mármore e de rochas similares e da fabricação de artigos de granito e de rochas, uma vez que representa cerca de 30% do volume de negócios do setor da região Norte, segundo dados estatísticos do INE de 2018. Por ouro lado, 15% do total do volume de negócios das empresas nacionais pertencentes ao referido setor encontra-se situado na sub-região do Tâmega e Sousa. Logo, torna-se fundamental a implementação do projeto NORTE-02-0853-FEDER-037633 – “Granito e Rochas Similares no Tâmega e Sousa: Sustentabilidade, Competitividade e Transformação Digital”, de forma a reforçar a capacitação empresarial das PME do setor e o respetivo aumento da sua competitividade.
Tendo em conta as principais conclusões obtidas com a implementação do projeto FCOMP-05-0128-FEDER-022987 – “GRANITO – Criação de Valor e Tendências”, cerca de 70% do processo de extração de granito ornamental e rochas similares corresponde a desperdícios, que são explicados, essencialmente, pelo deficiente planeamento da exploração e pela falta de um conhecimento adequado das empresas que constituem o setor, o que significa que, em muitos casos, tal circunstância decorre da inexistência de uma ponderada análise no decurso da prospeção geológica e da avaliação de depósitos.
Olhando para a forma como está a evoluir esta nova realidade mundial, os especialistas consideram que é extremamente importante e crucial para o sucesso dos diferentes setores de atividade, sensibilizar as empresas da importância da utilização da economia digital para os respetivos negócios, bem como implementar a própria utilização de ferramentas digitais. Por outro lado, existe a necessidade de alinhar a estratégia do setor com os objetivos que se pretendem alcançar com o Plano de Ação para a Transição Digital, recentemente publicado pelo governo português – Resolução do Conselho de Ministros nº 30/2020, no dia 21 de abril de 2020, nomeadamente no que respeita ao Pilar II: Transformação Digital do Tecido Empresarial, que refere: “No contexto económico de concorrência internacional, em que a competitividade da maior parte das empresas não se esgota no seu território de origem, o desenvolvimento de competências digitais na sua organização e funcionamento assume especial relevância, como forma de mitigar os custos de oportunidade associadas à posição periférica que Portugal assume no espaço europeu. O incentivo e promoção de ações que enquadrem as empresas nacionais num novo paradigma de desenvolvimento e competitividade, facilitando a sua transição para o digital, constituem assim vetores essenciais ao progresso económico de Portugal”. Nesse sentido, importa realçar que o estudo “Economia Digital e o Papel das PME da Região Norte, IDC / ACEPI, janeiro 2018”, no que respeita aos desafios das empresas portuguesas na economia digital, refere que «As empresas portuguesas precisam preparar-se devidamente por forma a “apanhar o comboio” da digitalização da economia e tirar proveito das muitas oportunidades que a Economia Digital e, em particular, o Comércio Eletrónico lhes proporcionam, sendo certo que o preço de não o fazer pode ser muito caro e pode colocar em causa a sua própria sustentabilidade, pelo que necessitam de vencer um conjunto de desafios, sejam eles de contexto (que lhes são externos), sejam eles de nível interno ao seu próprio ambiente». Por outro lado, em conformidade com o estudo, “Economia Digital e o Papel das PME da Região Norte, IDC / ACEPI, janeiro 2018”, o comércio eletrónico B2B em Portugal, em percentagem do PIB, vai passar de cerca de 40%, em 2017, para cerca de 63% do PIB em 2025.
Entre os diversos desafios colocados às empresas que constituem o referido setor, desde a concorrência internacional, a conjuntura económica e social do país forçada pela pandemia mundial – COVID-19, a forte e pormenorizada legislação ambiental, o plano de ação para a transição digital, recentemente publicado – Resolução do Conselho de Ministros nº 30/2020, entre outros, tratando-se de um setor tradicional, constata-se a existência de várias lacunas na incorporação dos princípios e práticas de ecoinovação, ecoeficiência e economia circular por parte das empresas, sendo que em alguns casos até não consideram estes fatores de inovação nos processos da empresa, nomeadamente no desenvolvimento de novos processos que permitam aumentar o uso eficiente dos recursos, reduzir os impactos ambientais da própria atividade e reduzir os desperdícios, bem como no desenvolvimento de novos produtos resultantes da reutilização de desperdícios. Por outro lado, apresentam um modelo de negócio baseado na estratégia de negócio tradicional, através da via presencial, não se verificando a digitalização da oferta das empresas do referido setor, e nem a definição de uma estratégia de organização e agregação da oferta de todo o setor através da utilização da economia digital, de forma a permitir uma evolução do posicionamento a jusante do setor na respetiva cadeia de valor.
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