Empresários e vários agentes ligados ao meio universitário e empresas da extração e transformação debateram, esta quinta-feira de manhã, no auditório da Associação Empresarial de Penafiel (AEP), os desafios e oportunidades com que está confrontado o setor do granito, no âmbito do projeto “Granito e Rochas Similares do Tâmega e Sousa: Sustentabilidade, Competitividade e Transformação Digital”, uma iniciativa da AEP que contou com vários parceiros.
Sensibilizar e capacitar os empresários ligados do setor para questões como a área da inovação, ambiente e até na internacionalização das empresas da região foram alguns dos temas que estiveram em análise.
O responsável pelo do projeto “Granito e Rochas Similares do Tâmega e Sousa: Sustentabilidade, Competitividade e Transformação Digital”, Fábio Ferreira, destacou que este projeto, que AEP está a promover junto dos empresários do setor do granito, conta com o apoio e colaboração de várias entidades industriais ligadas ao setor da extração e transformação do granito, assim como instituições universitárias, cuja articulação resultou na definição de cinco desafios, nomeadamente, a criação e desenvolvimento de novos produtos, afirmação internacional do setor e a implementação de redes de cooperação interempresarial.
Segundo o responsável pelo projeto pretende-se colocar o setor trabalhar como um todo de forma a promover a competitividade e sustentabilidade do setor da extração e transformação do granito.
Fábio Ferreira, referindo-se, ainda, aos cinco desafios do projeto, apontou como sendo também objetivo aumentar a presença do setor na economia digital, recordando que numa economia global, esta presenta é fundamental.
O técnico da AEP realçou que as questões ambientais estão cada vez mais presentes e são vitais para o aumento da competitividade do setor, adiantando que estes desafios estratégicos já tinham sido elencados no final de 2015, quando a AEP desenvolveu este estudo.
“Ou seja, este estudo pretende continuar o trabalho que foi desenvolvido anteriormente de forma a otimizar ou a potenciar as entidades nestes cinco desafios estratégicos”, atalhou, sustentando que disto resultou uma candidatura submetida no âmbito dos fundos europeus – Portugal 2020, aprovada pelo Norte 2020 que preconiza a capacitação do setor da extração de granito ornamental e rochas similares.
Fábio Ferreira esclareceu que este projeto tem como principal meta sensibilizar e capacitar as empresas do Tâmega e Sousa nos domínios já apontados, unidades que estão associadas ao setor da extração e da transformação do granito.
“Estamos a falar de onze concelhos, sendo que numa das atividades que já foi desenvolvida no âmbito deste projeto foi feito um levantamento criterioso das empresas existentes no Tâmega e Sousa, tendo sido possível identificar cerca de 200 empresas, sendo que 75% destas empresas estão localizadas no concelho de Penafiel e no Marco de Canaveses, ou seja, estes dois concelhios são fundamentais no aumento da produtividade desse setor a nível nacional e cada vez mais a nível internacional, porque, cada vez mais, as exportações têm um peso significativo no seu volume de negócios”, garantiu.
Fábio Ferreira confirmou, que nos últimos anos, este setor, atingiu volumes e exportações significativos.
“A região do Tâmega e Sousa tem uma presença notória no volume de negócios tanto na região norte como a nível nacional. Este setor, produz na região norte cerca de 30%, ou seja, a região do Tâmega e Sousa na norte representa cerca de 30% do volume de negócios, sendo que a nível nacional, a região do Tâmega e Sousa representa cerca de 15% em termos de volume de negócios. Tudo o que é comercializado e produzido em Portugal, 15% é da região do Tâmega e Sousa. Pelo que podemos concluir que a região do Tâmega e Sousa representa um elevado contributo para o crescimento económico e social tanto para a região do Tâmega e Sousa, para o norte de Portugal e para o país. Isto permite criar e aumentar postos de trabalho, criar riqueza e contribuir para o desenvolvimento desta região”, sustentou.
Fábio Ferreira declarou que o projeto tem cinco objetivos gerais, um fazer o diagnóstico das empresas na área ambiental e digital, uma tarefa que a AEP já desenvolveu, incrementar o desenvolvimento sustentável e a competitividade do setor.
Nos objetivos gerais, o projeto tem, também, como metas sensibilizar e capacitar na área ambiental e digital, implementando boas práticas ambientais, estando previsto o desenvolvimento de um manual de boas práticas ambientais a ser utilizado pelas empresas do setor.
Na área digital, o projeto preconiza fazer evoluir o posicionamento destas empresas, está previsto a realização de um website, o desenvolvimento do marketplace onde as empresas poderão usufruir de uma montra digital e colocarem aí os seus produtos, com a possibilidade de serem promovidos no mercado nacional e internacional
O projeto prevê quatro atividades que passam pelo seu diagnóstico, a qualificação do setor na área ambiental, qualificar o sector na área digital, comunicar, divulgar e gerir o projeto para que sejam atingidos os objetivos.
O presidente da AEP, Nuno Brochado, na sua intervenção, no arranque deste seminário, declarou que a Associação Empresarial de Penafiel tem vindo a alargar a sua esfera e âmbito de atuação no apoio ao tecido empresarial.
“É essa a nossa missão, apoiar os empresários, auscultar as suas preocupações, ajudá-los e capacitá-los para os desafios do mercado. É neste âmbito que a AEP tomou a decisão de se candidatar ao projeto “Granito e Rochas Similares do Tâmega e Sousa: Sustentabilidade, Competitividade e Transformação Digital”. É um segundo momento de um projeto junto de empresários deste setor que assume uma importância estratégica no tecido empresarial do concelho de Penafiel, pela sua produção, pela riqueza gerada e pelos postos de trabalho criados”, avançou, sublinhando que com este projeto pretende-se fomentar as boas práticas ambientais e a digitalização.
O dirigente da AEP confirmou que entre 2012 e 2015 a associação desenvolveu o projeto “Granito Criação de Valor e Tendências” que resultou num estudo diagnóstico prospetivo do setor e apontou ameaças e oportunidades para o futuro. Um dos mais importantes desafios refere-se à necessidade do setor ser alvo de uma capacitação célere ao nível da sustentabilidade, da sua competitividade e transformação digital”, expressou, sublinhando que é propósito do projeto contribuir pela via da capacitação do tecido empresarial e promover ainda mais as empresas e os produtos do setor junto dos clientes internacionais.
Nuno Brochado afirmou, também, que a execução deste projeto implica um investimento de cerca de 250 mil euros, sendo 40 mil euros são suportados pela associação.
O dirigente relevou, também, o facto do projeto contar com parceiros de excelência, com créditos firmados na área ambiental e digital.
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